quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

JP Simões (Coliseu dos Recreios)

jp simões e couple coffee

Couple Coffee - Tipo Zero (Noel Rosa)

Couple Coffee - Cantiga de Embalar

E alegre se fêz triste

Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem no teu rosto
E alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno Agosto

Ela só viu meus dedos nos teus dedos
Meu nome no teu nome e demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados

A clara madrugada em que parti
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde o automóvel se afastava

E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer adeus essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada
Que fez tão triste a clara madrugada

Manuel Alegre

na academia - Crime no Expresso do Oriente

Agatha Christie nasceu em 1890, filha de pai americano e mãe inglesa. Passou a infância em Devonshire e cedo se familiarizou com a literatura inglesa, através da leitura de Charles Dickens e Jane Austen. Mais tarde seria leitora fervorosa de Sherlock Holmes. A sua educação escolar não foi além de dois anos de estudo de canto e piano em França.
Em 1915 casou-se com o coronel Archibald Christie de quem se separou em 1926. Quatro anos mais tarde casou-se com Sir Max Mallowan, famoso arqueólogo e professor da Universidade de Oxford que acompanhou em numerosas viagens e expedições arqueológicas. Até à sua morte, Agatha Christie escreveu as mais empolgantes ficções policiais, criando personagens curiosíssimas, tais como o celebérrimo Hercule Poirot, Miss Marple, Tuppence e Tommy, o superintendente Battle e Ariadne Oliver.
A obra de Agatha Christie permanecerá no património cultural internacional como testemunho inesquecível da extraordinária capacidade humana nos domínios da ficção, do raciocínio e do conhecimento da psicologia do comportamento - , obra imorredoira a vários títulos e retrato imperecível de uma época e de um modo de encarar os conflitos fundamentais da vida.


Este livro é daqueles que se calhar toda a gente leu. Ou viu o filme. Ou as duas coisas. Ou o tem na mesinha de cabeceira. Ou na estante. Ou viu na FNAC. Ou na Bertrand. Ou já ofereceu a alguém. Ou já lhe foi ofertado. Ou não.

Claro que não conto a história, mas cheira-me que deve ter havido um crime no Expresso do Oriente…

Ah, e este é o 13º volume da colecção Vampiro, editada pela Editora Livros do Brasil, SA, com sede na Rua dos Caetanos, 22. Tel. 346 26 21 - Lisboa. (ulha, não tem código postal e o nº de telefone não começa por 21 – estranho…).


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Encontros Imediatos...

Factura...

na academia - O Perfume, de Patrick Suskind (1985)

Esta extraordinária história passa-se no século XVIII e há todo um extraordinário trabalho de reconstituição histórica, não só da época e das mentalidades como do ofício de perfumista, que era então particularmente valorizado e que estava a cargo de artesãos especializados. Patrick Suskind conduz o leitor de página em página, de odor em odor, de perfume em perfume, inebriando-o, arrebatando-o nessa alquímica busca do Absoluto que é a do seu personagem: a busca do perfume ideal, isto é, a forma suprema da Beleza. Nessa busca nada deterá Jean-Baptiste Grenouille – que nascera no meio dos mais nauseabundos fedores, numa banca de peixe - , nem mesmo os crimes mais hediondos. Este personagem monstruoso possui no entanto algo de extremamente inquietante, a sua própria incorrupta pureza.


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

na academia - As Aventuras de João sem medo

Aventuras de João sem medo, panfleto mágico em forma de romance
José Gomes Ferreira

Este livro é absolutamente fantástico. Lido pela primeira vez no sexto ano, foi usado como base de uma peça de fantoches organizada na turma pela Professora de Português. Claro que tinha que ler o original…

Narra as aventuras de João sem medo, que vivia em Chora-Que-Logo-Bebes, exígua aldeia de chorincas situada (ou melhor, aninhada) perto do muro construído em redor da Floresta Branca e onde os homens construíram uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos. Claro que ninguém se aventurava pela floresta, porque os choraquelogobebenses preferiam choramingar e lastimar-se, andando sempre de monco caído, sempre constipados por causa da humidade, e a ouvirem com delícia canções de cemitério ganidas por cantores trajados de luto, ao som de instrumentos plangentes e monótonos.
Um dia João, o único que por capricho de contradizer e instinto de refilar resistia à choradeira, não aguenta mais e atreve-se a saltar o muro, que ostentava este aviso:

É PROIBIDA A ENTRADA
A QUEM NÃO ANDAR
ESPANTADO DE EXISTIR

e embrenha-se na Floresta Branca…
A partir daí sucedem-se aventuras e seres milagrosos como a Fada dos Dois Caminhos, o Homem sem Cabeça, a Menina de Cristal, o Gramofone com Asas, o Príncipe das Orelhas de Burro, o Rocinante (sim, o cavalo de Dom Quixote), a Princesa nº 46734, o João Medroso, a Menina dos Pés Ocos ou a Pedra numa narrativa que nos deixa literalmente agarrados ao livro. No fim, João sem medo, cheio de saudades de comer um bacalhau cozido com batatas e grelos, volta para Chora-Que-Logo-Bebes. De regresso àquela choraminguisse toda, decide abrir uma fábrica de lenços. Deve ter enriquecido…

Esta Obra, de um dos maiores escritores Portugueses, constitui-se numa viagem de João sem medo a um mundo fantástico que no essencial se encontrava dentro dele. Magistralmente narrada, é sem dúvida uma Obra incontornável do século XX Português.
Dedicada aos filhos do Autor, Raúl Hestnes Ferreira e ao irmão, Alexandre.

Dedicatória da primeira edição (1963):

Para os meus dois filhos:
Para ti, Raul José, homem há muito – e homem autêntico -, que aprendeste à tua custa que a verdadeira coragem é a força do coração…
Para ti, Alexandre, ainda criança, mas já com todas as tendências para não te tornares num desses falsos adultos que sujam o mundo e odeiam a imaginação…
Para os meus dois filhos – o homem e a criança – este Divertimento escrito por quem sempre sonhou conservar a Criança bem viva no Homem.





segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Manuel Freire - Pedra Filosofal

Jesus Christ Superstar - Pilates Dream

Da música...

Ouvir os velhinhos discos de vinil com uma qualidade superior aos CD's é fantástico...




segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CAKE - I Will Survive (Live)

na academia - Os Lusíadas

Mais um daqueles livros que se tem que ler na escola...
Confesso que no nono ano achei uma enorme estopada ler esta Enorme Obra. Ele era figuras de estilo, palavras de que se desconhecia o significado, uma Professora que tinha acabado o Curso havia pouco tempo, que nos mandava ler as passagens entre as que se liam nas aulas e a fazer um resumo (na altura não havia net, mas felizmente havia um Senhor chamado Adolfo Simões Muller que escreveu uma versão para crianças e que eu, obviamente utilizei - claro que a Professora nunca soube) eram as leituras na aula, bem, tudo menos interessante.
Mais tarde e com mais alguma capacidade intelectual li esta Opus Magnun da Cultura Portuguesa, sempre nesta magnífica edição do Circulo de Leitores de 1980.
O Alvará Régio, a autorização da Santa Inquisição e as primeiras estrofes...