quinta-feira, 12 de junho de 2008

De Férias para Achribun

Vou para Achribun passar uns dias.

Para quem não sabe, Achribun é um pequeno país situado entre a Península Hindostânica e a Ásia Central; É um país com um Regime Monárquico Matrilinear baseado num sistema de castas e uma economia com laivos de comunitarismo primitivo baseado na pastorícia com cerca de 9.000 Km2 e 250.000 habitantes. A Religião é Animista semelhante ao Xintoísmo Japonês. Teve uma civilização florescente desde o séc. XV ac até há cerca de mil anos, tendo começado desde então a decair. O primeiro Europeu a ter contacto com este país, já no período de decadência, foi o Padre Jesuita Baltasar de Freitas, que registou alguns dos costumes e vocábulos na obra "Tradição dos simples e cativos povos que não conhecem a Cristo sem prejuizo da inocencia", publicado em Antuérpia em 1627 do qual apenas subsiste um exemplar na Biblioteca do Vaticano. A sua antiga Capital era Axoxibum, actualmente oculta por densa floresta. Uma equipa de Arqueológos financiados pelo Fundo Europeu para a Preservação das Línguas em Extinção procede actualmente a sondagens e escavações tendo já posto a descoberto estruturas do que aparenta ter sido o Palacio Real, dadas as semelhanças com a descrição feita pelo Padre Baltasar de Freitas. Encontrou-se ainda um túmulo que poderá ter sido do Rei Consorte da Rainha Ataíja, que, vítima de Rebelião dirigida pela sua irmã Ataebbá, foi morta em 1415; o Rei Consorte, para não ser morto e enterrado com a Rainha, de acordo com os Rituais Fúnebres da época, procurou refugio numa caravana de mercadores Afegãos que se dirigia a Constantinopla. Há registos do Rei Consorte, Bruniavi, ter permanecido na Torre Genovesa durante uns anos, tendo embarcado numa Nau Flamenga que fazia tráfego de mercadorias entre o Mar Egeu e o Mar do Norte, tendo desembarcado em Brugges a 12 de Agosto de 1419 para Dijon, enquanto convidado da Casa de Borgonha, tendo sido alvo de constante curiosidade dado o tom "oliviado" da sua tez e ao hábito estranho de limar os dentes (que derivam da sua dieta, baseada no consumo de carne semi crua, que obrigava a "adaptar" os dentes para rasgar os alimentos). Durante a sua estadia com Filipe, o Belo aprendeu o Francês e converteu-se ao Cristianismo. Casou com uma filha Bastarda de D. Afonso, Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança, à altura Dama de Companhia de Isabel de Portugal, de seu nome Brites.
Da Herança Cultural deste país, destaca-se a pintura lacada, que transmitiram aos Chineses no séc X ac.
Uma das espécies autóctones é o borrego anão, praticamente desconhecido, mas que chegou a ser exportado para o Entreposto de Lisboa entre o séc XVI e finais do séc. XVIII, de onde seguia para toda a Europa do Norte e Mediterranica. Brillat de Savarin era um entusiasta desta carne designada por pré salé, devido ao elevado teor de cloreto de sódio presente nas pastagens das altas montanhas de Achribun.
A língua é aparentada com a grande família das línguas Indo-Europeias, com forte predominancia das influencias do sanscrito e alguns laivos fino-ugáricos e turco antigo (influenciada provavelmente pela passagem de mercadores afegãos e abecásios). Trata-se de uma das 2.500 linguas em vias de extinção listadas pela UNESCO.
No país não existe televisão, mas apenas uma rádio que transmite na lingua local durante duas horas por dia em onda média.
Não tem estradas asfaltadas, apenas as principais vias de ligação entre a capital, a cidade de Chiaratar e o Entreposto com o Butau são calcetadas já desde o séc. V ac; toda a restante rede é em terra batida. O principal meio de transporte é ainda hoje o carro de tracção animal (raça asinina autóctone) e alguns veiculos motorizados oriundos da India e da China (que também fornecem os combustiveis).
Um dos símbolos do País é uma raça autóctone de cães, o Molosso Achyré que se assemelha a um cruzamento de Afegão com um São Bernardo.
A dieta, à base de carne de borrego salgada, é bastante pobre; o cereal predominante é o centeio que usam para fazer pão e uma espécie de cerveja de côr amarelo palha e muito adstrigente. Consomem ainda frutos secos e mel colhido na floresta (apicultura incipiente), bem como um tubérculo de côr verde semelhante à cenoura, que designam por apoki e comem cozido ou em caldos.



(continua)

2 comentários:

vague disse...

e achas que te vais adaptar?
:)

cupido disse...

Talvez, quem sabe?